Câncer de Bexiga 

Todos os anos são diagnosticados mais de 10 mil casos de câncer de bexiga no Brasil.¹ A doença afeta especialmente brancos (duas vezes mais chances de desenvolvê-la) e homens.² Já a média de idade do paciente no momento do diagnóstico é de 73 anos.¹

Alguns de seus sinais de alerta são comuns a outras doenças, como a presença do sangue na urina³ - também sintoma do câncer de rim. Por isso, é preciso estar atento a qualquer alteração no hábito urinário, afinal, a bexiga não avisa só a hora de fazer xixi.

Grande parte dos casos está associada a fatores de risco modificáveis, como o tabagismo,² além de ter também hábitos que ajudam na prevenção, como beber bastante líquido.⁵

Por que é importante falar sobre o câncer de bexiga?

Porque é importante reconhecer os avisos que a bexiga envia. E no caso do câncer, ela dá sinais de que algo pode não estar bem e que merecem atenção.³ Além disso, é fundamental informar e destacar fatores de risco diretamente ligados à doença e que podem ser modificados, diminuindo as chances de desenvolvê-la.

Sintomas³

Os sintomas do câncer na bexiga podem se comportar de maneiras diferentes, por isso, é preciso estar ligado nos avisos que ela manda e procurar um especialista.

• Sangue na urina
  • Na maioria dos casos, é o primeiro sinal de alerta.
  • Pode mudar ou não a cor da urina (que às vezes permanece clara, às vezes alaranjada e, em menor quantidade de casos, vermelha escura).
  • A frequência pode alternar, estando presente um dia sim, outro não.
• Mudança no hábito urinário (sintomas irritativos)
  • Urinar com mais frequência
  • Dor ou queimação ao urinar
  • Urgência em urinar
  • Problemas para urinar ou fluxo fraco

Outros sintomas - normalmente relacionados ao câncer de bexiga em estágio mais avançado - podem incluir:
1. Incapacidade de urinar
2. Dor lombar
3. Perda de apetite e de peso
4. Fraqueza
5. Inchaço nos pés
6. Dor óssea

Fatores de risco²

Pode-se dizer que um dos principais fatores de risco é o tabagismo², associado a cerca de 70% dos casos da doença._⁶ No entanto, existem outros fatores, também modificáveis ou não, que podem aumentar o risco de desenvolver o câncer de bexiga.

Modificáveis

• Tabagismo
• Baixo consumo de líquidos
• Exposição a determinadas substâncias (como arsênico na água ou certos produtos químicos industriais)

Não modificáveis

• Idade (≥ 55 anos) → 90% dos casos
• Gênero (homens) e raça (branca)
• Histórico pessoal e familiar
• Características de nascença → O úraco é uma ligação entre o umbigo e a bexiga que existe durante a gestação e desaparece antes do nascimento. Se uma parte desse canal continuar após o nascimento, pode se tornar cancerígena.
• Irritação crônica e infecções

Diagnóstico e especialista⁷

Assim como o câncer de rim, o câncer de bexiga não possui exames específicos de rastreamento. No entanto, consultas de rotina com o urologista ou o ginecologista podem ajudar a identificar o tumor.
Inicialmente é feito o exame clínico - devido a alguma suspeita - e, se os sinais e sintomas apontarem para a doença, são pedidos novos exames de imagem, de laboratório e biópsias, a fim de confirmar o diagnóstico e estadiar a doença.

Tratamentos

Entre as opções de tratamento do câncer de bexiga estão a cirurgia, a quimio e a radioterapia, a imunoterapia e a terapia-alvo⁸ - esses dois últimos considerados alternativas modernas da medicina de precisão.
Essas opções terapêuticas podem ser combinadas para melhor atender às demandas de cada paciente. Além disso, a equipe responsável pelo tratamento é idealmente formada por uma equipe multidisciplinar que envolve urologistas, cirurgiões, oncologistas e radio-oncologistas, entre outros.⁸