Melanoma
Cerca de 3% de todos os casos de câncer de pele registrados no Brasil são casos de melanoma, o tipo mais grave devido às chances de metástase. O melanoma aparece na forma de pintas ou sinais e pode afetar qualquer parte do corpo, incluindo pele e mucosas.1
Este tipo de câncer surge nas células produtoras de melanina e é mais comum em adultos de pele branca, embora também possa afetar pessoas de pele negra, casos em que normalmente aparece nas palmas das mãos e plantas dos pés.1
Por que é importante falar sobre Melanoma?
Apesar do bom prognóstico, o melanoma é um dos tipos de câncer de pele considerados mais agressivos graças à possibilidade de metástase.2 Portanto, a detecção inicial se faz fundamental. Mas, para isso, é preciso aumentar a conscientização sobre a doença, além da consciência do próprio corpo. Suas pintas falam, você sabe ouvir?
Sintomas1
Os sinais mais característicos do melanoma seguem o alfabeto. Fique atento às características do ABCDE na sua pele! E visite um dermatologista regularmente.
A = Assimetria; uma metade é diferente da outra.
B = Bordas; irregulares com contorno mal definido.
C = Cor; variável, com presença de várias cores em uma só lesão.
D = Diâmetro; maior que 6 mm.
E = Evolução; mudanças observadas no tamanho, forma ou cor.
Vale também ressaltar que o melanoma pode tanto surgir da pele normal, quanto de uma lesão pigmentada. Por isso, além de estar atento às pintinhas e manchas que você já tem, fique também de olho naquelas que aparecem.
Fatores de risco2
Alguns fatores - modificáveis ou não - aumentam o risco do desenvolvimento do melanoma.
Confira quais são e mude já o que pode ser modificado.
- Exposição prolongada e repetida ao sol (principalmente na infância e adolescência e das 10 às 16h);
- Bronzeamento artificial;
- Ter pele e olhos claros; ser loiro ou ruivo; ser albino;
- Histórico familiar ou pessoal de câncer de pele.
Já na prevenção, o filtro solar e os cuidados com o sol são os principais fatores, especialmente durante atividades ao ar livre e na água. Importante lembrar que os lábios também precisam de proteção UV.
Diagnóstico e especialista
Quando detectado em sua fase inicial, o melanoma tem um prognóstico considerado bom, principalmente devido à introdução de novos tratamentos e medicamentos. Tanto que, nos últimos anos, houve uma considerável melhora na sobrevida dos pacientes com melanoma, sendo que o fator determinante para isso foi a detecção precoce.¹
E para identificar o melanoma precocemente, é indicada a visita anual ao dermatologista para exame clínico, bem como o autoexame3 e a atenção às pintas e sinais do corpo. Nem sempre as alterações na pele são causadas por câncer, mas a investigação de um médico é fundamental.¹
Tratamentos
Normalmente, a cirurgia é o tratamento mais indicado, mas pode ser necessário também o uso de quimio e radioterapia. Nos casos de metástase, trata-se com medicamentos que devem destruir as células cancerígenas que se espalharam pelo corpo. A boa notícia é que os medicamentos atuais têm boas taxas de sucesso terapêutico, postergando o avanço da doença e oferecendo uma sobrevida mais longa e com mais qualidade aos pacientes.²
Referências bibliográficas:
- INCA. Tipos de câncer. Câncer de pele - melanoma. Acesso em: maio de 2022. Disponível em: <https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-pele-melanoma>.
- Pfizer. O que é o melanoma metastático e quais os sintomas? Acesso em: maio de 2022. Disponível em: <https://www.pfizer.com.br/sua-saude/oncologia/melanoma-metastatico>.
- INCA. Folder "Câncer: a informação pode salvar vidas - Câncer de pele". Acesso em: maio de 2022. Disponível em: <https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//folder-salvar-vidas-cancer-pele-2014.pdf>